quarta-feira, 9 de abril de 2008

Não vendo

A texto abaixo é uma resposta ao post do dia 30 de janeiro
O que ficou pra trás não volta. Não acredito no amor em forma cíclica. Para mim, você não existe mais, virou átomo obsoleto. Até a poeira que respiro possui mais significado que as recordações onde sua figura é constante. Com relação ao Martini, só posso te dizer que as sensações causadas em mim pelo álcool foram e são infinitamente maiores do que quaisquer prazeres que um dia você pensou ter me proporcionado. Sabe, às vezes a solidão brinca de companheira só para se fazer de transparente e, com isso, ludibria-nos até o esquecimento da existência dela própria. Esquecimento este, para o seu pesar, mentiroso. Um aviso: curta a solidão enquanto estiver só, porque eu tive que aproveitá-la, amargamente, da pior maneira: contigo. Paradoxal? Não. Apenas triste. Desta vez eu não cuspo você, mas em você. Este sim será o único jeito de sentir novamente o gosto de minha saliva.