quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Preocupações

Vestir-se para não sentir frio. Que frio? Tenho pele, pêlos e meu sangue é quente. Mas nada disto é o bastante para sustentar a temperatura do planeta "estufado". Efeito estufa? Faça-me um favor, né? Não estou interessado sobre, embora a minha vida possa depender dele algum dia. O que realmente interessa são as curvas sinuosas que cismam em caminhar na minha frente, pedaços de carne tão lindos e suculentos, que minha boca enche de saliva só em mencioná-los. Do outro lado da rua, o vizinho pede dinheiro para comprar o seu fumo. Normal. Ele fica no cantinho dele, sentado, curtindo a marola sem mexer com ninguém. Sempre que posso, empresto alguns reais. Me orgulho de ajudá-lo, entretanto, acredito que esta não é a melhor hora para pensar nisto. Às vezes, o pouco que é gasto, vale muito quando vamos dormir a noite, quando o travesseiro e a cama são as únicas companhias para a nossa mente cheia de vazios. Tão logo, o fogo dos pensamentos explodem em vulcões furiosos sem harmonia, mas se eu for indagar tais questões, começo a pegar no sono.Tomo um pouco de café para ficar ligado e não perder o ritmo dessas frases quando, na verdade, o que sinto é medo do futuro distante mais presente de todos os tempos. Nosso tempo. Minha vida. O café está morno, a ponto de esfriar. Meu corpo está quente, a ponto de esquentar ainda mais com as goladas que darei no café. O mundo está quente e, por enquanto, tem muito gelo nos pólos para serem derretidos. No final das contas, eu me derreto todo mesmo. Aliás, que gata é aquela que acabou de passar no BBB...?