quarta-feira, 21 de junho de 2006

Rapidinha sobre a copa

A bola rola sem graça. De braços cruzados, com os olhos perdidos no meio de tantos jogadores, procuro por um sinal de habilidade. Não sei bem ao certo, porém daqui, o campo parece menor. O passe de Ronaldinho Gaúcho vai na medida para o Ronaldo "fenômeno" e, como num passe de mágica, três jogadores do time adversário aparecem para interceptar o lance. Pois é, em tempos de comunicação digital, a mídia ilusionista tem mais truques do que qualquer Mister "M". Sinceramente, tenho medo que o tal quadrado mágico seja exatamente igual as leis brasileiras: só funciona na teoria.
Na TV, Galvão Bueno profetiza em monólogos absurdos. Todas as perguntas são capitaniadas por afirmações. Ao passo que, nas arquibancadas (ou nos sofás) a torcida projeta o desejo de se sentir campeã, junto com o time. "Vamos guerreiros!", diz Galvão durante sua narração. Guerreiros? Para mim, faltam as espadas, falta mais suor. Uns amenizam a situação colocando a culpa no Ronaldo. Todavia, nunca é demais lembrar que ele é (foi) "o cara"! Culpar o fenômeno é o mesmo que dizer que a equipe joga melhor sem ele. E, por incrível que pareça, até joga. Entretanto, para quem já duvidou e viu o fenômeno voltar de duas contusões seríssimas, as quais quase deram fim a sua carreira, não seria um exageiro esperar por ele mais um pouco. A seleção brasileira, como diz a mídia, é uma constelação, mas mesmo assim, necessita - e muito - do peso do Ronaldo, em todos os sentido.